quarta-feira, 8 de julho de 2009

PROJETO DE TRABALHO ANUAL - EEMAR

Escola Estadual “Monsenhor Amâncio Ramalho”
Ensino Fundamental e Médio
Disciplina: Língua Portuguesa
Turno: matutino e vespertino
Professora: Inácia Lúcia de Medeiros
Turmas: 2ª B e D / 3ª A, B, C e D
Projeto de Trabalho: Ensino através de projetos
Parelhas – RN - Fevereiro/2009

Base Legal: As diretrizes curriculares nacionais são normas obrigatórias que orientarão o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação por meio da Câmara de Educação Básica. O ponto de partida para a formulação das diretrizes para o ensino médio foi o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB). Esse artigo afirma que a educação escolar deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social. A LDB, antes de mais nada, enfatiza competências cognitivas, começando pelas finalidades gerais da educação básica, na qual a capacidade de aprendizagem tem um grande destaque. Revertendo o foco do ensino para a aprendizagem, se trata de ensinar um conteúdo específico, mas, sobretudo de desenvolver a capacidade de aprendizagem de diferentes conteúdos por todo o ensino fundamental. Mais especificamente no que se refere ao ensino médio, nos artigos 35 e 36, a lei explicitamente abre portas para um currículo voltado para competências e não para conteúdos. Este currículo ou doutrina curricular tem como referência não mais a disciplina escolar clássica, mas sim as capacidades que cada uma das disciplinas pode criar nos alunos. Os conteúdos disciplinares se concebem assim como meios e não como fins em si mesmos.
Art. 35º. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Art. 36º. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:
I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes;
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
§ 1º. Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania.
§ 2º. O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas.
§ 3º. Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos.
§ 4º. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional.
A reforma do ensino médio surge, no Brasil, portanto, como um dos itens prioritários da política educacional do governo federal, justificada pela necessidade de se adequar esse nível de ensino às mudanças postas “pela ruptura tecnológica característica da chamada terceira revolução técnico-industrial, na qual os avanços da microeletrônica têm um papel preponderante” (Brasil,1999, p.7), bem como pelas novas dinâmicas sociais e culturais constituídas no bojo desse processo de mudanças.
Para realizar a reforma proposta, o Ministério de Educação e do Desporto, partindo de princípios definidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394/96 e compreendendo que o Brasil deve estar integrado à tendência internacional que tem implementado reformas nos sistemas de ensino para atender às exigências das mudanças econômicas, sociais e culturais em curso, empreende o Programa de Reforma do Ensino Profissionalizante (Decreto n. 2.208/97), institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Resolução CEB, n. 3/98) e elabora os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Brasil, 1999).
Posteriormente, o Conselho Nacional de Educação – baseado no Parecer CEB n. 15/98 – aprova a Resolução CEB n.3 de 26/6/98, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio. Em fins de 1999 o Ministério divulga, ainda, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, versão mais elaborada de conceitos e princípios políticos e pedagógicos que aparecem anteriormente em documentos preliminares do Ministério, no Parecer CEB n. 15/98 e na própria Resolução CEB n. 3/98.
A Resolução CEB n. 3/98, em seu artigo 3º, sublinha que a organização do currículo, das situações de ensino-aprendizagem e dos procedimentos de avaliação devem estar coerentes com os princípios estéticos, políticos e éticos, abrangendo a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade. Prossegue, no artigo 4º, indicando que o currículo deverá incluir competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, organizando-se nos princípios pedagógicos da identidade, da diversidade, da autonomia, da interdisciplinaridade e da contextualização.
O tema da interdisciplinaridade merece alguma discussão, pois não constitui exatamente uma novidade (basta ler a Lei n. 5.692/71 e a legislação posterior que a regulamenta). Sobre essa noção, presente em muitas propostas curriculares elaboradas a partir dos anos 80, e sobre os equívocos cometidos em seu nome, muito já se discutiu também (Veiga- Neto, 1995). No entanto, é interessante salientar que em seu artigo 8º, a Resolução n. 3/98 indica uma concepção de multidisciplinaridade muito mais próxima dos educadores e mais distante de sua definição científica: não se aponta uma integração entre as disciplinas objetivando criar novos conhecimentos, mas sim, o texto explicita apenas a possibilidade de se instaurar um diálogo entre as diferentes disciplinas para trocas de experiências e metodologias. Creio que novamente o que a Resolução n. 3/98 pretende por interdisciplinaridade compreende muito mais uma atitude metodológica em relação às disciplinas do currículo, do que propriamente propor uma discussão epistemológica acerca de rupturas de fronteiras e fusão de estatutos teóricos entre as diferentes ciências, visando à produção de novos conhecimentos.
Com respaldo no artigo 26 da LDB, o qual preceitua que os currículos do ensino fundamental e médio devem “ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”, a Resolução 3/98 (Art. 11) indica que a base nacional comum terá 2.400 horas (75%), acrescidas da parte diversificada (25%), e deverá se organizar nas seguintes áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Esclarece ainda que “as propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado para Educação Física e Arte, como componentes curriculares obrigatórios e conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania” (artigo 10, III – alínea 2ª).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio sublinham ainda, que a reforma curricular apresentada está pautada nas diretrizes gerais e orientadoras apontadas pela UNESCO (1994): aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver e aprender a ser. Modelos operacionais indicados ou utilizados em sistemas de ensino para melhorar o processo ensino-aprendizagem não são também uma novidade (a Lei n. 5.692/71 novamente pode ser citada como uma releitura obrigatória). Em princípio, o que parece diferente no presente momento é a tentativa de sua utilização aproximando-o de uma concepção de conhecimento menos instrumental, mais flexível e, conseqüentemente, mais próxima dos paradigmas propostos pela ciência contemporânea, e pelas tendências recentes e progressistas que têm fundamentado o pensamento pedagógico: a preocupação de questionar, discutir e compreender o complexo mundo.
. A Lei nº 9.394/96 – Artigo 36, itens 1 e 2 da LDB, retrata a importância da Língua Portuguesa como um meio de comunicação e sobre iniciativa de estimular o aluno para que a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos possibilite o prosseguimento de estudos e a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores (BRASIL, 1996).

JUSTIFICATIVA
A educação no contexto da globalização e da era da informação, tira conseqüências desse processo e aponta o que poderá permanecer da "velha" educação, indicando algumas categorias fundantes da educação do futuro. Nos últimos tempos assistiu-se a grandes mudanças tanto no campo socioeconômico e político quanto no da cultura, da ciência e da tecnologia. Ainda não se tem idéia clara do que deverá representar, para todos nós, a globalização capitalista da economia, das comunicações e da cultura. As transformações tecnológicas tornaram possível o surgimento da era da informação. É um tempo de expectativas, de perplexidade e da crise de concepções e paradigmas, pois este milênio é época de balanço e de reflexão em que o imaginário parece ter um peso maior. É um momento novo e rico de possibilidades. Por isso, não se pode falar do futuro da educação sem certa dose de cautela. É com essa precaução que foi elaborado este projeto, baseando-se em algumas das perspectivas atuais da teoria e da prática da educação, apoiando-se em alguns educadores e filósofos que tentaram, em meio a essa perplexidade, apesar de tudo, apontar algum caminho para o futuro. Falar de "perspectivas atuais da educação" é também falar, discutir, identificar o "espírito" presente no campo das idéias, dos valores e das práticas educacionais que as perpassa, marcando o passado, caracterizando o presente e abrindo possibilidades para o futuro. Algumas perspectivas teóricas que orientaram muitas práticas poderão desaparecer, e outras permanecerão em sua essência. No cenário da educação atual, podem ser destacados alguns marcos, algumas pegadas, que persistem e poderão persistir na educação do futuro.
O processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social apresenta-se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações. Seja qual for a perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre contestadora, superadora dos limites, por conseguinte, muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Por isso, acredita-se que a pedagogia da sala de aula deva ser transformadora, em suas várias manifestações, oferecendo ao aluno um referencial geral mais seguro do que as pedagogias centradas na transmissão cultural, neste momento de perplexidade.
Portanto, pretende-se durante este ano executar um trabalho que vise a oferecer uma formação lingüística centrada no aluno, orientando-o, na busca de um conhecimento que os faça crescer permitindo a pesquisa e o acesso à informação necessária de maneira simples, amigável e flexível.

OBJETIVOS:
GERAIS:
Utilizar a linguagem na escuta, produção e leitura de textos orais e escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições do discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística para expandir sua capacidade de análise crítica

Específicos:

· Aprender a pensar e colocar-se como protagonista no mundo social;
· Discutir os diferentes contextos;
· Confrontar diferentes pontos de vista;
· Buscar informações sobre os fatos;
· Desenvolver competências e habilidades;
· Ler e interpretar diferentes linguagens;
· Selecionar dados e analisá-los;
· Comparar os diferentes usos da língua portuguesa;
· Analisar e interpretar textos;
· Investigar produções lingüísticas confrontando-a com a norma culta;
· Compreender os diferentes significados da gramática;
· Compreender a construção do sistema gráfico e seu uso social;
· Conhecer o processo social da criação da fala e da escrita;
· Adequar a fala e a escrita em situações formais;
· Estabelecer confronto entre a gramática tradicional e a gramática textual;
· Analisar texto e refletir sobre a importância da coerência como elemento de textualidade;
· Compreender a função dos elementos de coesão na progressão textual;
· Classificar histórica e literariamente os escritores brasileiros;
· Analisar e refletir sobre a linguagem empregada pelos escritores em seus textos literários;
· Comparar e interpretar temas;
· Produzir textos;
. Aprender a gostar de ler, a escolher textos e apreciar o objeto artístico;
· Compreender os problemas atuais e argumentar sobre eles.

CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS NO ENSINO MÉDIO

As numerosas e contínuas descobertas e novidades que acontecem no campo da ciência e da tecnologia têm contribuído para a reflexão de que a nova escola, destinada a preparar as novas gerações para viver e atuar no mundo em constantes mutações deve ser aquela capaz de envolver o aluno e que seja centrada na aprendizagem e não no ensino. Essa terá como finalidade essencial conseguir ministrar o ensino pelo fazer fazendo, pelo aprender a aprender e ensinar a pensar, que implante uma renovação pedagógica que vise à formação integral do aluno ao trabalho com ele e para ele: naquilo que deve saber (conteúdos do planejamento escolar); naquilo que deve saber e estudar (conteúdos procedimentais) e naquilo que deve ser (conteúdos atitudinais e normas a assumir).
Habilidade e competências: Entende-se por competências cognitivas as modalidades instrumentais de inteligência – ações e operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre objetos, fenômenos e pessoas que deseja conhecer. As habilidades referem-se, especificamente, ao plano do saber e decorrem, diretamente, do nível estrutural das competências (básico, operacional e global) já adquiridas e que se transformam em habilidades. Dentro dos PCNs (1999:140-1), os conhecimentos e as competências desenvolvidas nas áreas de linguagens são constituídos de forma contextualizada com as questões pessoais e da sociedade, de forma que possam dar continuidade aos estudos acadêmicos e aproveitáveis em programas de preparação profissional seqüenciais ou concomitantes com o Ensino Médio, sejam eles cursos formais, seja a capacitação em serviço. As habilidades também são compreendidas no plano do aprender a fazer, o desenvolvimento de habilidades e estímulos ao surgimento de novas aptidões tornando-se processos essenciais, na medida em que, criam as condições necessárias para o enfrentamento das novas situações que se colocam.
.Nos Parâmetros, as habilidades e competências a serem desenvolvidas em Língua Portuguesa não têm uma discrição tão minuciosa em termos de conteúdos. Nesse sentido, as habilidades e competência acabam por se propor mais a indicar os limites sem os quais os alunos de determinado nível teriam dificuldades para prosseguir nos estudos do que a definir conhecimentos a serem aprendidos. Fica notória a preocupação com a linguagem (vista aqui como base de todos os saberes e dos pensamentos pessoais), cujo estudo imporia um tratamento transdiciplinar no currículo.
A Língua Portuguesa, assim como as demais disciplinas dentro das Matrizes é vista como algo que se espera que o aluno seja capaz de ler/elaborar/apresentar/compreender/utilizar/etc... ou seja, relaciona-se à idéia de capacitação. Ao contrário, os PCNs explicitam uma visão mais global do aluno que, mesmo contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitam o ser humano, se preocupa com a realização de atividades nos três domínios de ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração no tríplice universo das relações políticas, do trabalho e da simbolização. (PCN, V.2: 33) Os PCNs do ensino médio apresentam competências e habilidades em conjunto, sem definir o que seria competência e o que seria habilidade.. São apresentadas de um modo bastante genérico, caracterizando a mobilidade.
Pode-se dizer que as ações realizadas na disciplina Língua Portuguesa, no contexto do ensino médio, devem propiciar ao aluno o refinamento de habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta. Além de demonstrar a capacidade de usar com competência a língua portuguesa em situações de leitura e de escrita e de perceber as diferenças entre as diversas modalidades lingüísticas, o aluno deve reconhecer os papeis dos diversos recursos lingüísticos compreendendo as literaturas da língua portuguesa nos seus diferentes estilos de época.

METODOLOGIA DE ENSINO

Para atingir essas metas, incrementarei o ensino por meio de projetos de trabalho nos quais a relação entre conteúdos e área do conhecimento são efetivadas através de diferentes atividades a serem desenvolvidas, sob a orientação do professor, destinadas a criar situações de aprendizagem mais dinâmicas e efetivas, pelo questionamento e pela reflexão contribuindo assim para que os alunos participem e se envolvam em seu próprio processo de aprendizagem e o compartilhem com outros colegas. Não darei resposta pronta ou a solução aos problemas encontrados pelos alunos, mas irei fomentá-los a investigar, alimentando-lhes o prazer de descobrir pela pesquisa e pelo próprio esforço os conhecimentos de que necessitam. Tentarei seguir a filosofia oriental expressa neste pensamento: “É muito mais fácil ensinar alguém a pescar do que lhe dar o peixe”. Porque aquilo que os alunos apenas ouvem, logo esquecem, daquilo que veem, pouco guardam; mas aquilo que fazem e descobrem jamais esquecerão. Quero buscar e subsidiar a criatividade do aluno na descoberta de procedimentos que objetivem a melhoria do ensino e da aprendizagem pela utilização de um instrumento gratificante que é o trabalho com alunos na investigação de assuntos temáticos.
Cabe-nos discutirmos, sugerir e apresentar novas idéias em favor do redimensionamento humano e cultural dos alunos dos tempos atuais, para que, aos poucos, eles possam penetrar nas diversas áreas da realidade e em seus distintos níveis de conhecimento e se transformem em líderes do futuro, homens capacitados e seres humanos mais completos.
A escola renovada caracteriza-se pelo comprometimento com os propósitos modernos de preparar o aluno como cidadão, não somente para se integrar na sociedade e a ela ser útil como também para habilitá-lo e capacitá-lo a enfrentar a competição no campo de trabalho. Para isso a escola precisa ser aquela que considera o aluno como participante ativo na construção de seu saber, portanto agente de sua formação e não mero objeto, um ouvinte passivo das lições que lhes são passadas.

RECURSOS METODOLÓGICOS

Ver programas de TV, ler artigos de revistas de grande circulação, acompanhar a divulgação de temáticas de eventos profissionais para perceber como evolui em efervescente revolução o conhecimento no mundo. Saber detalhes é praticar a teoria, a escola tem que se preparar e organizar seu currículo dentro dessa visão globalizante de saberes e da perspectiva futura da vida humana. Os aspectos tecnológicos, científicos e filosóficos têm que ser levados em conta, pois eles já comandam o futuro profissional dos alunos. O conhecimento a ser perseguido na atualidade é este saber globalizado, que considera todos os aspectos da vida e possibilita acompanhar o avanço do mundo de hoje. Dar ao estudante oportunidade para refletir sobre os problemas que encontra diariamente e conduzi-los à busca de soluções desse problemas, aproveitando os conteúdos disciplinares aprendidos em sala de aula. Na investigação do saber o professor torna-se, tão somente o orientador e o facilitador do processo de aprender centrado no aluno. Pedro Demo afirma que educar pela pesquisa é um enfoque propedêutico, ligado ao desafio de construir a capacidade de reconstruir. É um desafio voltado para considerar a pesquisa como maneira de educar. Diz ainda: “A base da educação escolar é a pesquisa. (...) onde não aparece o questionamento reconstrutivo, não emerge a propriedade educativa escolar. A pesquisa busca o conhecimento, para poder agir na base do saber pensar. A característica fundamental da prática da pesquisa na escola é o interrogar reconstrutivo, quer dizer, a passagem do aluno passivo, receptor apenas, para o papel de sujeito participativo e operante no desenvolvimento do seu conhecimento – aquele aluno que aprende a superar a condição de massa de manobra, para se transformar em agente da própria aprendizagem, como crítico e inovador no dizer de Pedro Demo(1998). O professor não modifica ninguém, o aluno é que se modifica quando aprende, já afirmou o educador Edson Franco (1989)
“Enquanto o mundo lá fora, sobretudo a economia, luta para acompanhar o ritmo das mudanças, a escola parece uma trincheira tombada, fora de espaço e de tempo” (Demo, 1992)
A curiosidade despertada e motivada pelo professor conduzirá o aluno ao desejo de saber e conhecer melhor o assunto a ser investigado. A investigação devidamente orientada pelo professor pela aplicação de procedimentos sistematizados destina-se a levar o aluno a explorar o assunto pela leitura, pelas entrevistas e pela observação da realidade. A descoberta, como alvo, é a realização maior do prazer cultural e da satisfação do aluno em, por ele mesmo, atingir o conhecimento desejado. Submetido a essas técnicas de ensinar a ver e estudar coisas, ele nunca mais esquecerá os conhecimentos adquiridos. Essa é a verdadeira aprendizagem que se quer implantar. O professor deverá interrogar os alunos e induzi-los a dar respostas. Essas hipóteses serão baseadas no senso comum ou nos modelos que os alunos conhecem, mas, depois de testá-las ou comprovar sua veracidade, eles aos poucos irão dando respostas diferentes, talvez mais científicas do que as primeiras que provocarão debates ou novos questionamentos. A verdadeira aprendizagem se dá pela assimilação significativa do conhecimento – a teoria originando da prática e retornando a ela para ser aplicada na vida por novos caminhos.
Em história da filosofia, o autor Antonio j. Severino (1999) “o objetivo essencial da educação, a sua intencionalidade básica numa sociedade historicamente determinada, é inserir os educandos no tríplice universo de suas imediações: do trabalho, da sociabilidade e da cultura”

Avaliação

Adotar a aprendizagem como construção do conhecimento, aquela que considera a avaliação como processo de contínuo renovar e repensar e não como instrumento de repetição, de ameaça e de cobrança, aquela que estimula a socialização e a solidariedade por meio da parceria e do compartilhamento de tarefas em grupo
Hoje vale tudo para aprender. Isso vai além da "reciclagem" e da atualização de conhecimentos e muito mais além da "assimilação". A sociedade do conhecimento possui múltiplas oportunidades de aprendizagem: parcerias entre o público e o privado (família, empresa, associações, etc.); avaliações permanentes; debate público; autonomia da escola; generalização da inovação. As conseqüências para a escola e para a educação em geral são enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; enfim, ser aprendiz autônomo.
Como diz Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser "lecionadora" para ser "gestora do conhecimento". Segundo o autor, "pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento". A educação tornou-se estratégica para o progresso, mas, para isso, não basta "modernizá-la", como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente.
No século XXI, todos estão sendo avaliados (escola, professor, aluno e direção); consequentemente, a avaliação deverá ser feita através da vivência (professor X aluno) de uma forma útil, funcional, ética e precisa.

Bibliografia

Cereja, Willian Roberto. Magalhães, Thereza Cochar. Português linguagens: vol. 1,2 e 3 / ensino médio. Ed. Saraiva. SP. 2008.

Acesso à internet em 05/02/2009
BRASIL, Ministério de Educação. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 9394/96.
Acesso à internet em 05 de fevereiro de 2009.MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do educador com a tecnologia.




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