sábado, 19 de setembro de 2009

Leitura do TP5

Terminei o estudo do TP5 que divide-se em 4 unidades:
A 1ª fala do estilo e o objetivo da estilística. Em vez de definir o estilo como forma inesperada da expressão, podemos dizer: o estilo é o modo acidental como a expressão artística se processa. A sua escolha é sempre algo individual de sorte a identificar seu autor e até o espírito de uma época. Nunca se poderá dizer que um autor não tenha estilo, ainda que ocorram deficiências. Cada um tem sua maneira de manejá-lo, pois é a individualidade e o movimento do espírito visíveis na eleição das palavras, das imagens, mais ainda, na construção da frase, do período no rabisco caprichoso, que traça o pensamento no seu curso. A estilística abrange o estudo de todos os recursos que visam um propósito expressivo específico: as metáforas que permeiam todas as linguagens (mesmo as de tipo mais primitivo) todas as figuras de retórica e esquemas sintáticos.
A 2ª unidade trata de coerência que é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente.
O 3ª compactua a coesão, com significado de conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
A 4ª combina as relações lógicas no texto, aquela em que se ligam proposições sobre o mundo, de modo que a existência de uma dependa da existência de outra(s). No ensino de língua, necessário se faz dar uma atenção maior à maneira de encadear um raciocínio argumentativo, quer na construção do texto (ponto de vista do emissor), quer na desconstrução textual (ponto de vista do destinatário), as relações lógicas são procedimentos lingüísticos de articulação, que podem aparecer em diferentes modos de organização discursiva, da argumentação propriamente dita, de caráter exclusivamente discursivo. As relações lógicas de causalidade, no discurso, não se limita a esses aspectos lingüísticos; se estende a casos onde a causalidade está implícita, seja no sentido, na entonação, na distribuição de proposições coordenadas, na significação lexical, nos fenômenos naturais ou no conhecimento do mundo,
Após esse estudo quero lembrar que, se o professor quer que seus alunos produzam textos coerentes e coesos, pode, em primeiro lugar, mostrar a presença desses mecanismos em textos literários, não-literários, jornalísticos, publicitários. Desta forma, vai familiarizar seu público com essas novas aquisições lingüísticas. Nesta etapa, os estudantes vão perceber que fazem parte da língua elementos que têm a função de estabelecer relações textuais.

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