terça-feira, 29 de setembro de 2009

Júri Simulado / Tema : Meio Ambiente


Realzou-se, ontem, na Escola Estadual "Monsenhor Amâncio Ramalho" um júri simulado envolvendo alunos do 3º C e do 2º D.
O julgamento ocorre com uma dona de um parque ecológico e uma empresária.

Meio ambiente, política e cidadania
Dando prosseguimento aos trabalhos realizados, desta vez sob a ótica da preservação do meio ambiente, a turma do 3º ano lança o teatro CIDADANIA E POLÍTICA AMBIENTAL.
Esta questão ocupa hoje um importante espaço político e constitui-se como ponto crucial da Biopolítica. Tornou-se um movimento social que expressa as problemáticas relacionadas aos "riscos de grande conseqüência", e exige a participação de todos os indivíduos, pois o Direito ao Ambiente é um "Direito Humano Fundamental". No contexto político contemporâneo, onde as coletividades difusas são os novos atores, os determinantes são a liberdade, a igualdade, a solidariedade e a "qualidade de vida", a questão ambiental é um canal de abertura para a participação sociopolítica, que abre possibilidades de influência das classes e estratos diversos da sociedade, no processo de formação das decisões políticas. O impacto dos danos ambientais nas gerações atuais, e seus reflexos para as futuras, fizeram com que essa indagação atravessasse fronteiras e se tornasse globalizada. Quanto a esta matéria, a Constituição abriu espaços à participação/atuação da população na preservação e na defesa ambiental, impondo a coletividade o dever de defender o meio ambiente (artigo 225, "caput", CF/88) e colocando como direito fundamental de todos os cidadãos brasileiros, a proteção ambiental determinada no artigo 5º, inciso LXXIII, CF/88 (Ação Popular). Estabeleceu que o meio ambiente é um bem de uso comum do povo, assegurando a todos o direito ao meio ambiente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo à presente e às futuras gerações e ampliou as ações judiciais na tutela ambiental. É direito da comunidade participar na formulação e execução das políticas ambientais, que deve ser discutida com as populações atingidas; também, a atuação nos processos de criação do Direito Ambiental; e, ainda, a participação popular na proteção do meio ambiente por intermédio do Poder Judiciário. Deve-se dizer que o tema ambiental é um dos mais importantes na última década do século XX, revelando os impactos negativos provocados no ambiente natural pelo crescimento sem limites que impôs forte domínio sobre a natureza além de suas necessidades. Este crescimento se mostrou ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, e o esgotamento deste modelo é o que caracteriza a sociedade global do final deste século. Portanto, destaca-se a necessidade da participação da comunidade e do Poder Público como agentes construtores de um meio ambiente equilibrado, objetivando a melhoria da "qualidade de vida" da população e da preservação do meio ambiente. A participação é um processo de conquista, construída constantemente através da abertura de espaços, pois não existe participação suficiente e acabada. A atuação/exigência do cidadão é instrumento eficaz de consolidação da democracia participativa, não só individual, como também coletiva, através de várias formas de organização. A participação é parte que integra o exercício democrático e alicerce da cidadania; e, a continuidade da democracia numa sociedade pluralista depende de uma participação popular que busque solidificar/intensificar/atualizar as conquistas em todos os campos. A era moderna incentiva o individualismo e a falta de civilidade, fazendo com que os interesses individuais se sobreponham ao coletivo e assim o espaço público torna-se cada vez mais agressivo companhias econômicas sobrepujam a esses, fazendo com que seus esforços sejam minimizados ou até pouco significativos. Os cientistas da modernidade já evidenciaram a pouca sustentabilidade no modelo econômico que ignora o desmando sobre os recursos naturais. O assustador é perceber que no cotidiano de pessoas comuns como nós, sociedade, somos também responsáveis pelas tragédias ambientais, na medida em que nos habituamos ao consumismo exacerbado ignorando o que pequenos gestos podem causar. Todavia, de nada adianta mudar nossos atos do dia a dia se não houver uma ação ambiental coletiva correta. O que vemos é o espaço urbano transformado pelo homem, que, embora produtor de riquezas para possibilitar o bem estar das pessoas, destrói o meio ambiente e o espaço público. O necessário seria que as Instituições Públicas interferissem positivamente, construindo políticas públicas e modelos de controle social mais eficazes, a construção de medidas educacionais que propiciassem uma ética comunitária e uma democracia que assegure igualitariamente a representação dos interesses de todos os cidadãos. Dessa forma, teríamos, nós e as próximas gerações, um mundo melhor, mais saudável e mais digno.
Este trabalho teve o apoio da bibliotecária: Gorete Caldas e da professora de português.

2 comentários:

  1. construir ambientes saudáveis deveria ser parte integrante da cultura de todos os povos. Infelizmente ainda é quase insignificante o percentual de cidadãos que olham para o ambiente com olhar de responsabilidade e compromisso ecológico.Precisamos compreender a importância inigualável da preservação ambiental como algo que vai definir o futuro de nosso planeta.Isso é cidadania.

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  2. Legal. Gostei dessa atitude, alem do mai nos temos que aprender a cuidar do meio ambiente até dentro da escola

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