domingo, 28 de junho de 2009

Projeto de Trabalho para o ano de 2009 - EMAB

ESCOLA Municipal “Arnaldo Bezerra”
Ensino Fundamental

Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Inácia Lúcia de Medeiros
Turmas: 8º A, B e D / 9º A

Projeto de trabalho

Tema: Formando o aluno para o século XXI

Parelhas - RN
Fevereiro/2009

A escola está desafiada a mudar a lógica da construção do conhecimento, pois a aprendizagem agora ocupa toda a nossa vida. E porque passamos todo o tempo de nossas vidas na escola, alunos e professores devem ser felizes nela. A felicidade na escola não é uma questão de opção metodológica ou ideológica, mas sim uma obrigação essencial dela. Como diz Georges Snyders (1998) no livro A alegria na escola, precisamos de uma nova "cultura da satisfação", precisamos da "alegria cultural". O mundo de hoje é "favorável à satisfação" e a escola também pode sê-lo. Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo, conviver; é ter consciência e sensibilidade

BASE LEGAL
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
§ 1o Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
A Lei nº. 9.394/96 – Artigo 36, itens 1 e 2 da LDB, retrata a importância da Língua Portuguesa como um meio de comunicação e sobre iniciativa de estimular o aluno para que a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos possibilite o prosseguimento de estudos e a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores (BRASIL, 1996).
JUSTIFICATIVA
A educação no contexto da globalização e da era da informação, tira conseqüências desse processo e aponta o que poderá permanecer da "velha" educação, indicando algumas categorias fundantes da educação do futuro. Nos últimos tempos assistiu-se a grandes mudanças tanto no campo socioeconômico e político quanto no da cultura, da ciência e da tecnologia. Ainda não se tem idéia clara do que deverá representar, para todos nós, a globalização capitalista da economia, das comunicações e da cultura. As transformações tecnológicas tornaram possível o surgimento da era da informação. É um tempo de expectativas, de perplexidade e da crise de concepções e paradigmas, pois este milênio é época de balanço e de reflexão em que o imaginário parece ter um peso maior. É um momento novo e rico de possibilidades. Por isso, não se pode falar do futuro da educação sem certa dose de cautela. É com essa precaução que foi elaborado este projeto, baseando-se em algumas das perspectivas atuais da teoria e da prática da educação, apoiando-se em alguns educadores e filósofos que tentaram, em meio a essa perplexidade, apesar de tudo, apontar algum caminho para o futuro. Falar de "perspectivas atuais da educação" é também falar, discutir, identificar o "espírito" presente no campo das idéias, dos valores e das práticas educacionais que as perpassa, marcando o passado, caracterizando o presente e abrindo possibilidades para o futuro. Algumas perspectivas teóricas que orientaram muitas práticas poderão desaparecer, e outras permanecerão em sua essência. No cenário da educação atual, podem ser destacados alguns marcos, algumas pegadas, que persistem e poderão persistir na educação do futuro.
O processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social apresenta-se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações. Seja qual for a perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre contestadora, superadora dos limites, por conseguinte, muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Por isso, acredita-se que a pedagogia da sala de aula deva ser transformadora, em suas várias manifestações, oferecendo ao aluno um referencial geral mais seguro do que as pedagogias centradas na transmissão cultural, neste momento de perplexidade.
Portanto, pretende-se durante este ano executar um trabalho que vise a oferecer uma formação lingüística centrada no aluno, orientando-o, na busca de um conhecimento que os faça crescer permitindo a pesquisa e o acesso à informação necessária de maneira simples, amigável e flexível.
OBJETIVOS:
GERAIS:
Utilizar a linguagem na escuta, produção e leitura de textos orais e escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições do discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística para expandir sua capacidade de análise crítica.
ESPECÍFICOS:
· Discutir os diferentes contextos;
· Confrontar diferentes pontos de vista;
· Buscar informações sobre os fatos;
· Desenvolver competências e habilidades;
· Ler e interpretar diferentes linguagens;
· Analisar e interpretar textos;
· Investigar produções lingüísticas confrontando-a com a norma culta;
· Conhecer o processo social da criação da fala e da escrita;
· Adequar a fala e a escrita em situações formais;
· Estabelecer confronto entre a gramática tradicional e a gramática textual;
· Produzir textos;
· Aprender a gostar de ler, a escolher textos e apreciar o objeto artístico;
· Compreender os problemas atuais e argumentar sobre eles.
CONTEÚDOS:
I. Conceituais: Leitura de textos variados,
Interpretação textual,
Produções argumentativas, narrativas e descritivas,
Revisão dos termos da oração,
Vozes verbais,
Aposto e vocativo,
Período simples e composto,
Orações coordenadas e subordinadas,
Homônimos e parônimos
Compreensão de temas atuais
Morfossintaxe
Classificação do período
Colocação pronominal
Concordância
Regência
Crase
Figuras de linguagem
Ortoépia e prosódia
Processo de formação de palavras
II. Procedimentais: Enfatizar o “saber fazer”: observação atenta das aulas, leitura integral das obras indicadas, a postura individual e em grupo em momentos de exposição e trabalhos.
III. Atitudinais: Durante o ano letivo observar-se-á o trabalho cooperativo, comprometimento com a vida estudantil, a autonomia, ou seja, saber trabalhar sozinho, ter seu material, não plagiar. Reforçar os valores como respeito e honestidade.
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS:
Como muito bem coloca Perrenoud (1999), não existe uma noção clara e partilhada das competências. Mais do que definir, convém conceituar por diferentes ângulos. Poderíamos dizer que uma competência permite mobilizar conhecimentos a fim de se enfrentar uma determinada situação. A competência não é o uso estático de regrinhas aprendidas, mas uma capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e inovadora, no momento e do modo necessário.
A competência abarca, portanto, um conjunto de coisas. As situações que se lhe apresentam nunca são iguais, a cada momento terá que enfrentar situações novas e algumas delas podem ser extremamente complexas. Atuar adequadamente em algumas delas pode ser a diferença. A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos. Diz Perrenoud que "uma competência orquestra um conjunto de esquemas. Envolve diversos esquemas de percepção, pensamento, avaliação e ação".
As habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não "pertence" a determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes. É também Perrenoud quem diz que "construir uma competência significa aprender a identificar e a encontrar os conhecimentos pertinentes". Por isso, "se estiverem já presentes, organizados e designados pelo contexto, fica escamoteada essa parte essencial da transferência e da mobilização".
Do ponto de vista prático, isso significa que é necessário que os alunos descubram os seus próprios caminhos. Quanto mais "pronto" é o conhecimento que lhes chega, menos estarão desenvolvendo a própria capacidade de buscar esses conhecimentos, de "aprender a aprender", como tanto se preconiza hoje. O professor tem que reconhecer que o ensino não pode mais centrar-se na transmissão de conteúdos conceituais. Ele passa a ser um facilitador do desenvolvimento, pelos alunos, de habilidades e competências. Um modo de chegar ao porto de destino é trabalhar com projetos ou problemas concretos. As competências e habilidades, desenvolvidas nesse contexto, já devem ir surgindo ou se aperfeiçoando com a necessária mobilidade. Os conteúdos conceituais serão também aprofundados à medida que se fazem úteis ou necessários.
Portanto, as ações realizadas na disciplina Língua Portuguesa, no contexto do Ensino Fundamental, devem propiciar ao aluno o refinamento de habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta, ajudando–o a demonstrar a capacidade de usar com competência a língua portuguesa em situações de leitura e de escrita e perceber as diferenças entre as diversas modalidades lingüísticas.
METODOLOGIA
Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Ainda trabalha-se muito com recursos tradicionais que não têm apelo para os discentes. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso mudar profundamente os métodos de ensino para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrônica. Logo, precisa-se fazer inovação para sistematizar a prática/experiência das quais dependerá o futuro. Nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Para que isso aconteça faz-se necessário que o professor também construa conhecimento a partir do que faz, sendo curioso e ousado, buscando sentido para o que faz e apontando novos sentidos para o que fazer dos seus alunos.
Jacques Delors (1998), coordenador do "Relatório para a Unesco da Comissão Internacional Sobre Educação para o Século XXI", no livro Educação: um tesouro a descobrir, aponta como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida (Lifelong Learning) fundada em quatro pilares que são ao mesmo tempo pilares do conhecimento e da formação continuada. Esses pilares podem ser tomados também como bússola para nos orientar rumo ao futuro da educação.
Aprender a conhecer: Prazer de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento, curiosidade, autonomia, atenção. Aprender a conhecer é mais do que aprender a aprender. Aprender mais linguagens e metodologias do que conteúdos, pois estes envelhecem rapidamente. Não basta aprender a conhecer. É preciso aprender a pensar, a pensar a realidade e não apenas "pensar pensamentos", pensar o já dito, o já feito, reproduzir o pensamento. É preciso pensar também o novo e reinventar o futuro.
Aprender a fazer: É indissociável do aprender a conhecer, vale mais a competência pessoal que torna a pessoa apta a enfrentar novas situações.
Aprender a viver juntos: Compreender o outro, desenvolver a percepção da interdependência, da não-violência, administrar conflitos. Descobrir o outro, participar em projetos comuns. Ter prazer no esforço comum. Participar de projetos de cooperação. Essa é a tendência.
Aprender a ser: Desenvolvimento integral da pessoa: inteligência, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa.
Para isso não se deve negligenciar nenhuma das potencialidades de cada indivíduo. A aprendizagem precisa ser integral.
RECURSOS
Para mediar a aprendizagem necessita-se de recursos materiais e pessoais, tais como: projetos educativos, uso da biblioteca: (os livros são para serem usados por ser um meio que impulsiona o conhecimento. E podemos observar a importância de uma biblioteca na seguinte frase: “quem tem informação, tem poder”. Aponta para o livro como um meio e não como tendo um fim em si mesmo) textos de obras literárias, diferentes gêneros textuais, livro didático, revistas, artigos, documentos, imagens, sons e vídeos dentre outros.
AVALIAÇÃO
Hoje vale tudo para aprender. Isso vai além da "reciclagem" e da atualização de conhecimentos e muito mais além da "assimilação". A sociedade do conhecimento possui múltiplas oportunidades de aprendizagem: parcerias entre o público e o privado (família, empresa, associações, etc.); avaliações permanentes; debate público; autonomia da escola; generalização da inovação. As conseqüências para a escola e para a educação em geral são enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; enfim, ser aprendiz autônomo.
Como diz Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser "lecionadora" para ser "gestora do conhecimento". Segundo o autor, "pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento". A educação tornou-se estratégica para o progresso, mas, para isso, não basta "modernizá-la", como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente.
No século XXI, todos estão sendo avaliados (escola, professor, aluno e direção); consequentemente, a avaliação deverá ser feita através da vivência (professor X aluno) de uma forma útil, funcional, ética e precisa.
BIBLIOGRAFIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29 ed. São Paulo, Paz e Terra, 1996.
BRASIL, Ministério de Educação. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Fundamental
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 9394/96.
Projeto Araria: português/ obra coletiva. Editora Moderna, 1ª edição. SP.2006.
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez, 1998.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 2000.
SNYDERS, G. A alegria na escola. São Paulo, Ed. Manole, 1988.
Portal do Mec. Acesso à internet em 09 de fevereiro de 2009.


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