domingo, 1 de novembro de 2009

Leitura do TP

Terminei o estudo de mais um TP que, em suas unidades, trata das variedades linguísticas e o texto como experiência no ensino das línguas e cada vez mais nos convence a trabalhar com o aluno a partir do texto para se chegar ao contexto de sua realidade.
A produção de textos e a leitura são atividades básicas do ensino da língua materna com vista a difundir uma concepção da linguagem linguística do país e a promover os valores da cidadania. Colunas de consulta gramatical e seus programas em que a idéia da língua é vinculada à pátria continuam agitando um fantasma que tem sido extremamente eficaz para fazer da língua um motivivo de exclusão social. Deve-se valorizar o uso real e tornar a língua falada pelos educandos como ponto de partida para o aprendizado da língua escrita culta. A linguagem nessa perspectiva, constitui um processo sociointeracionista, compreendida como inseparável do ser humano, uma vez que sem linguagem não há pensamento nem atividades que se desenvolvam ao mesmo tempo; é uma realidade que se produz em um determinado tempo e espaço histórico, por isso compreendida como detentora de um caráter pluridimensional. Esse raciocínio implica numa prática de ensino da língua materna que afasta o ensino da gramática descritiva, o treinamento de estruturas sintáticas, mas chama para si a necessidade de sentir e fazer com que o aluno perceba a linguagem como produto da vida social, ou seja, a expressão de visões de mundos diferentes, prevendo e antevendo expressões de valores e julgamentos que estão inseridos em todo e qualquer discurso. O texto não é estável e sim, dinâmico. Cada sujeito constrói sua própria história e assim a sua concepção de mundo, repensando e refletindo as experiências vividas, concebemos sujeitos com diferentes saberes, por essa razão, ensinar é criar espaços para fazer valer esses saberes silenciados para confrontá-los com os conhecimentos sistemáticos e, como diz Geraldi nem sempre capazes de explicar os fatos.
Cada experiência deve-se constituir em mais uma peça na construção de um alicerce sólido que sustente o saber. Hoje percebemos que necessitamos de uma prática alicerçada na competência, garantida pela compreensão, pelo entendimento e pela reflexão da e sobre a própria línguagem. Esse reconhecimento converge para a evolução do saber e da evolução da própria história confirmando assim o processo de interação entre professor e aluno.

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